sábado, 12 de julho de 2014

In time

White Rabbit: [singing] I'm late / I'm late / For a very important date. / No time to say "Hello, Goodbye". / I'm late, I'm late, I'm late
― Lewis CarrollAlice in Wonderland

Acabo de ver um filme chamado In time. Ok, é verdade, a história não é lá grande coisa, o filme deixa muito a desejar... mas a ideia por trás me fez pensar na maneira como vivemos nossas vidas, na maneira como gastamos nosso tempo...
No filme, a partir dos vinte e cinco anos, cada pessoa tem um ano mais de vida. O tempo é a moeda local, substituindo o dinheiro. Você trabalha por tempo para estender sua vida, e gasta tempo para pagar as coisas que necessita. Nesse mundo inventado, os ricos tem vida eterna, enquanto os pobre vivem contando os minutos.
Levando a analogia de volta a vida real, no fundo no fundo não é muito diferente da realidade, onde o time is money after all, e as classes sociais são definidas de maneira muito similar, seja na luta por tempo, status ou dinheiro.

Mas além da analogia obvia que o autor quis usar, não pude deixar de pensar no quanto a ideia de que nosso bem mais precioso deveria ser nosso tempo, e de quanto tempo gastamos fazendo coisas que não gostamos ou não queremos. Ver os personagens do filme trocando tempo, ou dando tempo de presente um ao outro me fez pensar em como desperdiçamos esse bem tao precioso, sem nem notar.

O mundo moderno esta sempre correndo, tudo é urgente, imprescindível e inadiável. Assim como o coelho branco, estamos sempre atrasados, devendo tempo para um sistema bancário imaginário que não tem piedade de nós. With no time nem para dizer Hello and Goodbye, a vida vai passando e nos queixamos que o tempo passa cada vez mais rápido. Já parou para pensar se não somos nós que passamos cada vez mais rápido pela vida e que não temos nem tempo para parar e ver o tempo passar?


Um comentário:

  1. Eu tinha esquecido o quanto você escreve bem... Devia mesmo levar esse projeto mais a sério - serio o suficiente pra não parar! :)

    ResponderExcluir